Sistemas isolados x sistemas conectados

Muito se fala sobre as diversas formas de gerar eletricidade através da energia solar. Com o avento dos ideais sustentáveis nos debates sociopolíticos, muitas pessoas tem enxergado na energia solar fotovoltaica uma solução econômica e justificável.

Hoje em dia, temos dois diferentes tipos de sistemas solares. Aqueles isolados, utilizando baterias como fonte de carga e os sistemas conectados à rede de distribuição de energia.

Para tirar qualquer dúvida a respeito desses dois diferentes sistemas, escrevemos esse artigo. Acompanhando-o, você irá descobrir as origens de cada sistema, suas funcionalidades e as principais vantagens de cada um.

Sistema fotovoltaico conectado à rede

Um sistema fotovoltaico conectado à rede, ou sistema on grid, é um conjunto de aparelhos capaz de transformar a energia proveniente do sol em energia elétrica e injetá-la na rede elétrica de energia.

Origem do sistema fotovoltaico conectado à rede

Antes de partir para o funcionamento do sistema On grid, é importante traçar um paralelo histórico para resgatar as suas origens.

Os sistemas fotovoltaicos surgiram no mundo com a missão de levar energia elétrica a locais de difícil acesso. Ou seja, serviam para abastecer locais que a rede pública de energia não conseguia chegar.

Por causa disso, os sistemas não eram ligados à rede, até porque não havia rede para ligar. Esses sistemas isolados, produziam energia elétrica para as residências e alimentava um circuito de baterias. Essas baterias são responsáveis pelo armazenamento de energia, sendo utilizadas quando o sistema não está gerando (a noite).

Em medos da década de 90, foi observado que os sistemas de energia solar poderiam ser ligados à rede de distribuição de energia. Nasceu então, os sistemas ON-GRID, que injetavam diretamente na rede de energia a eletricidade gerada pelas placas fotovoltaicas.

A Alemanha, pioneira no uso desses sistemas, inaugurou a primeira usina ON-GRID no final da década de 90. Já naquela época havia diversos requisitos de segurança para o uso do sistema, que traziam a incrível integração entre energia solar e rede de distribuição.

Dentre os inúmeros requisitos de proteção, pedia-se que os inversores fossem capazes de trabalhar com sincronismo energético, ou seja, gerar corrente alternada instantaneamente. Outra diretriz chave era a capacidade do sistema desligar e ligar automaticamente, caso fosse necessário fazer manutenções na rede elétrica.

Com o tempo, as normativas de segurança foram se atualizando, surgindo alguns requisitos que pautam a qualidade da energia gerada. E assim chegamos aos modernos sistemas ON-GRID que encontramos hoje, capazes de gerir completamente todo o processo de geração, transformação e compartilhamento de energia.

Como um sistema conectado à rede funciona?

Quando o inversor recebe a energia gerada pelas placas fotovoltaicas, invertem a corrente de CC (corrente contínua) em CA (corrente alternada), deixando a corrente na mesma frequência que a das redes de distribuição.

Um sistema on grid trabalha junto com a rede pública de energia, operando da mesma forma que uma usina elétrica convencional.

A principal diferença está na sua potência, que é menor que a de uma usina, e nos seus locais de instalação, geralmente feita nos telhados.

É interessante ressaltar que os aparelhos ligados à rede elétrica se alimentam dessa energia gerada, e em caso de excesso na produção, uma parte da energia ou o seu excedente são transportados para a rede, passando pelo relógio bidirecional, que computará essa energia como eletricidade na rede de distribuição energética.

Excedente é o mesmo que créditos de energia. Confira na íntegra o que são esses créditos.

Confira na imagem abaixo o funcionamento dos sistemas on-grid:

Vantagens do sistema conectado à rede

Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede, possuem significativas vantagens, se comparados aos sistemas isolados.

Além de reduzir o custo de investimento na instalação, um sistema conectado não possui baterias. Ou seja, além do cliente não precisar comprar as baterias, ele também não precisa fazer manutenções nelas.

Vale lembrar que uma bateria desse tipo custa em média, R$2.000,00 reais (quase o preço de uma placa).

Sistemas isolados (Off-grid)

Os sistemas isolados ou off grid, são um conjunto de aparelhos que trabalham com a geração e armazenamento de energia elétrica, obtida através de módulos fotovoltaicos.

Origem do sistema fotovoltaico isolado

Como já foi dito acima, os sistemas fotovoltaicos isolados nasceram com o intuito de levar energia elétrica para locais remotos, onde a rede de distribuição não conseguia chegar.

Esses sistemas são muito eficientes, mas demandam um alto custo de investimento, pela usabilidade e manutenção das baterias no seu modelo de funcionamento.

Como funciona um sistema off grid

Com custos mais elevados que os sistemas on grid, os sistemas isolados são caracterizados por não serem conectados à rede de energia, utilizando baterias para o armazenamento de energia.

A funcionalidade é muito parecida com os sistemas conectados, tendo como principal diferença o uso de baterias para armazenamento.

O sistema de compensação por excesso não funciona nesse sistema. O excedente de energia gerado é armazenado nas baterias, podendo ser utilizado nos momentos que o sistema não estiver gerando. Na imagem abaixo você pode visualizar como o sistema funciona.

Desvantagens do sistema off grid

O custo elevado é a principal desvantagem dos sistemas off grid. Por causa da aquisição das baterias, que são muito caras, o investimento para a instalação desse sistema é muito alto.

Mas afinal de contas, em qual dos dois sistemas eu devo investir?

Podemos afirmar é que o sistema conectado à rede, oferece mais possibilidades de lucratividade à longo prazo e mais amplitude de geração. Não é à toa, que ele vem sendo mais utilizado.

Observando os aspectos mencionados, podemos findar o artigo dizendo que ambos os sistemas possuem vantagens significativas e que além de representar economia, zelam pela manutenção dos recursos socioambientais.

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